Barraqueiros reclamam que estão trabalhando no Carnaval de Juazeiro sem energia: “A prefeitura garantiu que faria o fornecimento”

Barraqueiros que estão atuando no Carnaval do município de Juazeiro, na região Norte da Bahia, entraram em contato com o Portal Preto no Branco nesta sexta-feira (26) para reclamar que estão trabalhando com instabilidade no fornecimento de energia elétrica. De acordo com eles, a gestão municipal se comprometeu a ofertar o serviço para os ambulantes.

“Ontem foi aquela agonia, porque ficamos sem energia por várias vezes. Deixamos de ganhar o dinheiro por conta dessa situação. A prefeitura garantiu que colocaria a energia para a gente, mas não colocou da maneira que deveria. Além disso, quem estava com suas barracas na Praça da Bandeira trabalhou no escuro, pois até a iluminação pública estava oscilando”, reclamam.

Eles ressaltam que muitos ambulantes estão sofrendo prejuízos financeiros.

“Divulgaram que este ano reduziram o valor do credenciamento, mas não adianta baixar a cobrança do ponto e deixar a gente sem energia. Esse problema está acontecendo com barraqueiros de todo o circuito do carnaval. Teve barraqueiros que perderam eletrodomésticos devido às quedas de energia. Até agora estamos sem energia, perdendo nossas mercadorias, pois não temos como ligar os freezers. Estamos muito decepcionados com essa situação e pedimos providências urgentes”, cobram.

Redação PNB

Centrão quer Fernando Filho no Ministério das Minas e Energia

O apagão da rede elétrica vivido pelo país nos últimos dias serviu para aumentar a pressão que já vinha sendo feita pelo Centrão e até mesmo por setores do PT pela cabeça do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).

Apesar da pressão política que vem sofrendo, o ministro ainda conta com apoios importantes em Brasília, a exemplo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e de senadores fortes do PSD, como Omar Aziz.

A questão é até quando ele vai aguentar e se sustentar no cargo, principalmente se não conseguir uma justificativa plausível para o apagão, que durou cerca de seis horas e gerou um prejuízo enorme para o país. Na defensiva, ele já chegou a ventilar a possibilidade de boicote de setores contrários ao governo petista, mas até que consiga provar o que realmente aconteceu, todos os olhares estarão voltados para ele próprio.

Atento a tudo que acontece, o deputado federal pernambucano e ex-ministro de Minas e Energia no governo Temer, Fernando Filho (União Brasil), já está tendo o nome cotado para substituir Silveira, caso ele seja cortado do time por Lula. Se isso acontecer, o clã Bezerra Coelho desembarcará de mala e cuia dentro do governo federal, fortalecendo, inclusive, os projetos futuros do irmão Miguel Coelho.

FalaPE

Distribuidoras atuaram imediatamente para o reestabelecimento do fornecimento de energia, diz presidente da Abradee

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE) informa que o fornecimento de energia foi retomado em todo o país já na tarde desta terça-feira, 15. Avaliações preliminares do Ministério de Minas e Energia (MME) confirmam que o problema não envolveu o segmento de distribuição. A interrupção cortou cerca de 25% do fornecimento de energia no Sistema Interligado Nacional. A situação impactou todas as regiões do Brasil, atingindo entre 27 milhões e 29 milhões de unidades consumidoras em 26 estados e no Distrito Federal. Assim que foi detectada a interrupção, as distribuidoras agiram em contingência para viabilizar o reestabelecimento dos serviços.
“O setor elétrico é dividido em geração, transmissão e distribuição. E neste caso não houve qualquer falha no sistema de distribuição”, afirmou Marcos Madureira, presidente da ABRADEE. “Assim que a interrupção foi identificada, as distribuidoras atuaram imediatamente para o reestabelecimento do fornecimento aos clientes, conforme orientações do ONS. As distribuidoras levam energia de qualidade para 99,8% dos lares brasileiros e trabalham para manter o fornecimento de mais de 87 milhões de clientes.”

Lula relança o programa Luz para Todos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia nesta sexta-feira, 4, a retomada do programa Luz para Todos, que universaliza a energia elétrica em todo o país, na Praça Digital, em Parintins, no Amazonas, a partir das 11h no horário local.

Criado em 2003, o Luz para Todos tem como conceito garantir o fornecimento de energia elétrica à população brasileira em áreas remotas, como da Amazônia Legal ou regiões rurais. O programa, que ficou congelado durante o governo Jair Bolsonaro, se pauta por diretrizes de combate à pobreza energética e de valorização e respeito à cultura de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.

O governo pretende atingir cerca de 450 mil famílias, utilizando o CadÚnico para avaliar os possíveis beneficiários. No início do ano, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira afirmaram que o planejamento do novo programa é incluir novas tecnologias de fornecimento de energia “limpa”, como eólica e solar.

O programa é gerido pela Eletrobras. Com a desestatização, ficou definido que a empresa manterá o Luz para Todos e Mais Luz para a Amazônia até o julho de 2024. Segundo dados do governo, a empresa pretende investir R$10 bilhões no setor elétrico em 2023. Após o prazo, passarão para a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar).

QUEM TEM DIREITO

Tem direito a participar do programa moradores de áreas afastadas que não possuem acesso à energia elétrica em sua casa, como residentes de áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas e demais comunidades localizadas em reservas extrativistas.

Para solicitar o atendimento pelo programa, é necessário procurar a concessionária de energia elétrica que atende o seu município e registrar o seu pedido de energia. Os inscritas no CadÚnico, seguradas de benefícios sociais do governo, são prioridades para atendimento. Escolas, postos de saúde e poços de água comunitários também serão tratados como prioridade para terem acesso ao programa.