Em Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco, com a aproximação das eleições de 02 de outubro, as movimentações políticas, vão ficando cada vez mais intensas.
Com isso, decisões tem que serem tomadas para satisfação de uns e, insatisfações de outros, o que é normal para quem vive na política, onde aliados deixam de serem aliados e coligados deixam de ser coligados.
Como também no xadrez da política, uma peça movida errada, pode custar caro levando consequentemente o jogador a perder o jogo.
Pois bem. E esta semana em todo o seu decorrer no xadrez da política local, desde a última terça(30), diante do discurso da vereadora Edneuza Lafaiete(MDB) na tribuna da Casa Zeferino Nunes, versões e contradições param no ar e peças do xadrez foram movimentadas.
Com discurso de reconhecimento dos políticos que trouxeram através de emenda parlamentar para a Capital da Uva e do Vinho, a vereadora Edneuza Lafaiete, também fez reconhecimento ao candidato a deputado federal, Raul Henry(MDB) e ao esforço do prefeito Vilmar Cappellaro(MDB).
“E nós sabemos quem contribuiu com o nosso município, nós sabemos os representantes que contribuiu com Lagoa Grande, sabemos também que pra essa contribuição chegar até Lagoa Grande, nós temos um prefeito que foi buscar, temos os representantes que aqui passaram que foram atrás. Então Raul Henry, o homem que mais colocou emenda no tempo de Robson, no tempo de Jorge, no tempo de Rose e no tempo de Vilmar, nem se fala… muitas emendas colocou”, reconhece Lafaiete.
No entanto, a vereadora no declinar do seu discurso se disse chateada, por que segundo ela, não tem o direito de escolha de um candidato, isso para federal.
Se mostrando bastante chateada, a vereadora disse querer, porque quer, ter um candidato para chamar de seu.
“Hoje me sinto chateada na minha cidade, porque eu não tenho direito de escolha, se eu escolho meu candidato é porque eu quero ter um candidato. É porque eu quero ter uma pessoa onde eu tenha uma conversa com ele (…)”, reclama Lafaiete.
A vereadora na instigancia da dúvida, questiona:
“Como é que eu tenho um candidato que eu não tenho uma conversa com ele?, que eu não tenho um telefone?”
Inicialmente ainda em pré campanha, a vereadora optou por marchar com Luciano Duque(SD) para estadual e, foi seguindo até então, com o candidato de Cappellaro para federal, Raul Henry.
No entanto, nos últimos dias o xadrez de Lafaiete teve uma importante peça movida no jogo.
E veja o que diz a vereadora:
“Como o prefeito tem o direito da escolha dele, eu escolho Luciano Duque pra ser o meu representante no estado de Pernambuco, eu escolho Raul Henry pra ser meu representante lá em Brasília, mas tenho muita dificuldade pra chegar lá.”
No jogo de xadrez da vereadora Edneuza Lafaiete uma peça que estava a margem do tabuleiro se moveu inesperadamente com nome, sobrenome e partido; Dr. João candidato a deputado federal pelo Solidariedade na chapa de Marília Arraes.
Ele que sempre manteve o apoio a vereadora e ambos construíram uma forte parceria na área da saúde ao longo desses anos.
Com a batida do martelo da candidatura de Dr. João, o jogo para Lafaiete mudou na questão do apoio a federal, isso porque, a vereadora já vinha declarando apoio a Raul Henry.
Diante da situação inesperada, o clima azedou dentro do grupo Cappellaro e na tentativa de ir comendo pelas berradas, como diz o mineirinho, não deu certo.
Materiais já circulam em grupos de Whatsapp de Lafaiete ao lado de Dr. João o que significa que a mesma abandonou Raul de vez para seguir com Dr. João.
Na sessão da Casa Zeferino Nunes, a vereadora Edneuza Lafaiete ainda tentou amenizar a situação, mas para o grupo de Cappellaro a decisão tá tomada e ela seguirá outro rumo para federal.
No entanto, em seu discurso Lafaiete fez uma justificativa que fez inchar mais ainda o clima:
“Eu disse a Vilmar e continuo dizendo: – O meu voto é dele(Raul), agora não vou pedir voto pra ele. Não vou pra rua levar o nome dele, porque não me sinto bem, não me sinto bem com as coisas que vem acontecendo comigo,” justifica a vereadora.
Se mostrando firme e forte na arrancada do jogo rumo a o2 de outubro, a vereadora afirma:
“Não vou ser oposição a Vilmar jamais nem hoje nem nunca, vou estar do lado dele, vou votar nos projetos dele, vou caminhar com ele, vou participar das reuniões dele, vou ajudar ele a trabalhar por Lagoa Grande, sem sombra de dúvida”.
Na política a palavra “nunca”, jamais existe, pois a política é uma roda gigante e o tempo é o condutor desta engenhoca.
Uma coisa a vereadora disse de certo:
“Se hoje ele não acredita que eu voto no candidato dele, amanhã quando terminar a eleição, ele vai acreditar?”
Na sequência do seu desabafo e desalento, a vereadora chegou a se queixar do tratamento que vem recebendo dentro da gestão Cappellaro. Mas reconhece seu temperamento estourado de ser.
Diante de tantas lamentações para tomar o rumo, a vereadora Edneuza Lafaiete num suspiro só, afirmou em alto e bom tom:
“Sou fiel e, já perdi muitas oportunidades boas por ser fiel”.