Quatro policiais civis são punidos pela SDS; falta de higiene e desrespeito estão entre motivos

Correções aos agentes acontecerá por meio de dias de afastamento dos respectivos cargos – Divulgação/Sinpol

 

Quatro funcionários da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) foram punidos pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), por conta de irregularidades durante a jornada de trabalho. Um escrivão, um comissário e dois agentes, sendo um homem e uma mulher, foram os envolvidos que estavam sob investigação. Os motivos variam de falta de higiene ao descumprimento de ordens. A correção acontece por meio de dias de afastamento dos respectivos cargos.

O escrivão Afrânio dos Santos, da Delegacia de Tacaratu, foi denunciado “por falta de urbanidade”, e segundo os colegas “por falta de higiene pessoal e coletiva, e ausência de cuidados com segurança na delegacia”. Por isso, ele ficará dois dias afastado.

Já o comissário José Roberto Vieira de Barros, sofreu punição por ter agido com “desrespeito”, “falta de urbanidade”, “uso de postura agressiva” e “sem educação” durante uma fiscalização realizada pela SDS. Ele passará dois dias longe das atividades.

Em relação aos agentes, Marcilene Ferreira, da Delegacia de Barreiros, foi condenada por não ter atendido a uma ocorrência durante o seu horário de almoço e recebeu dois dias de afastamento, enquanto Bruno José Alves, da Delegacia de Ipubi, ficará dez dias suspenso por ter descumprido uma ordem da sua chefia direta na confecção de um Boletim de Ocorrência.

O que diz o Sinpol

Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Rafael Cavalcanti se pronunciou sobre as punições e classificou a atitude de correção como um exagero. Ele ainda apontou a falta do “mesmo rigor” quando os casos investigados são de “servidores do alto escalão”.

“Às vezes ficamos estarrecidos, perplexos, com as decisões da Corregedoria, muitas vezes punindo por coisas banais, que poderiam ser solucionadas de outra forma, e acabam banalizando a punição, muitas delas decorrentes de perseguições ou mal entendidos entre os chefes e os policiais de base. Poderiam solucionar de outra forma, em outras vezes não vemos esse mesmo rigor em casos semelhantes cometidos por servidores do alto escalão. E isso acaba desestimulando o policial e a Corregedoria afasta-se  do seu papel principal, que é procurar investigar e punir os servidores que, porventura, se utilizam da função para o cometimento de ilegalidades”, disse o presidente Rafael Cavalcanti.

Não responderam

A reportagem da Folha de Pernambuco entrou em contato com as assessorias de imprensa da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e da Secretaria de Defesa Social (SDS) a respeito do caso, mas não obteve respostas até a publicação desta matéria.

Folha de PE

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