Equipe da ‘Paixão de Cristo, o Nazareno’ realizada anualmente no Distrito de Vermelhos se reúne com a prefeita Catharina Garziera

Nesta quarta-feira(26),  membros da diretoria da peça Paixão de Cristo, O Nazareno do Distrito de Vermelhos, estiveram reunidos com a prefeita Catharina Garziera, Secretário de Governo, Jorge Garziera e o Diretor de Cultura, Edivaldo Barboza.

Na ocasião a comissão formada por Francisco de Assis (Padre Bida) Produtor e diretor geral da Paixão de Cristo,  Francisco Gonçalves (Chicão) Produtor e diretor de cenográfica, mídia social e Ronald Ferraz, diretor e projetista de cenários, estiveram debatendo com a gestora municipal, o plano de trabalho para a apresentação da Paixão de Cristo, deste ano.

Após a apresentação do plano, a prefeita Catharina mostrou interesse e o plano será encaminhado para a equipe da gestora realize uma avaliação.

“Esse trabalho não é para a gente e sim para toda comunidade é da voz a os periféricos e falar nos somos capazes de executar um espetáculo desse tamanho basta apenas os comerciantes e o poder publico olhar por nós”, disse Padre Bida.

“Hoje exatamente hoje a Prefeita sanciona a lei e aprova plano municipal de Cultura e hoje somos uns dos poucos municípios do Brasil a fazer parte do plano nacional de cultura”, disse o Diretor de cultura e Edivaldo Barboza.

Catharina  parabenizou o povo de Vermelhos e pediu união em um trabalho em conjunto, entre prefeitura municipal e e sociedade civil.

Foto: Divulgação

 

Câmara de Vereadores de Lagoa Grande(PE), aprova Projeto que estabelece o Plano Municipal de Cultura

A  Câmara de Vereadores de Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco, aprovou nesta quarta-feira(26) o Projeto de Lei de autoria da prefeita Catharina Garziera(MDB), que estabelece o Plano Municipal de Cultura do município.

O PL foi aprovado por unanimidade pelos vereadores presentes na sessão, onde foi encaminhado em caráter de urgência urgentíssimo.

Logo após a aprovação o projeto retornou para a Chefe do executivo municipal Catharina Garziera que sancionou e já se tornou lei.

O Plano Municipal de Cultura é considerado um passo histórico para o fortalecimento das políticas culturais do município, onde com a aprovação do legislativo, conclui oficialmente sua adesão ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), garantindo um novo ciclo de desenvolvimento para a cultura local.

Lagoa Grande já possui todos os instrumentos essenciais para uma gestão cultural eficiente:

  • Sistema Municipal de Cultura – estrutura integrada para a gestão das políticas culturais;
  • Conselho Municipal de Cultura Ativo – instância de participação democrática da sociedade civil;
  • Fundo Municipal de Cultura – mecanismo de financiamento de projetos e ações culturais;
  • Órgão Gestor de Cultura – setor responsável pela coordenação e execução das políticas culturais;
  • Lei Municipal de Incentivo à Cultura e ao Esporte – legislação que fomenta iniciativas culturais e esportivas.

O Que muda com o Plano Municipal de Cultura?

O Plano Municipal de Cultura é um documento que define diretrizes, metas e ações para os próximos anos, garantindo que as políticas culturais sejam desenvolvidas de forma estruturada e contínua, independentemente de mudanças na administração pública.

Com a adesão ao Sistema Nacional de Cultura, Lagoa Grande ganha mais possibilidades de acesso a recursos federais, programas de fomento e parcerias institucionais. Isso significa mais investimentos em eventos, formação de artistas, preservação do patrimônio cultural e fortalecimento da economia criativa.

Um futuro promissor para a cultura local: A partir de agora, Lagoa Grande entra em uma nova fase, onde a cultura será ainda mais valorizada e impulsionada. Com um sistema organizado e um plano bem estruturado, os artistas, produtores culturais e a população em geral poderão contar com uma política cultural mais forte e eficiente.

Chegada do Papai Noel, guloseimas e distribuição de quase 8 mil presentes, marcam o Natal Encantado de Lagoa Grande

Com muita magia, na noite do último sábado (14/12), a concha Acústica de Lagoa Grande, recebeu um grande público para participar da 6ª Edição do Natal Encantado, evento realizado pela Prefeitura, através da Secretaria de Educação e Cultura e do Departamento de Cultura.

A programação do evento teve seu ponto máximo com a chegada do Papai Noel e dos personagens da Turma da Disney (25 membros), que emocionaram as milhares de pessoas que acompanharam o evento, principalmente as crianças. O evento contou com apresentações culturais de corais infantis, coreografia dos idosos do SCFV, Flávio Tatu, Banda Filarmônica, Maestro Pereira e João Paulo do Violino.

A edição deste ano distribuiu cerca de 8 mil brinquedos, 14 mil lanches (picolés, mini pizza, pipoca, cachorro quente e algodão doce), e quase 30 brinquedos, entre eles: pula pula, cama elástica, escorregadores, casa de bolinhas, tobogã e etc.

“Foi uma festa linda! Organizamos esse momento para as famílias se reunirem e aproveitarem a programação do Natal Encantado com muita harmonia. Lagoa Grande em peso esteve presente. Estamos felizes em proporcionarmos tudo isso com muito carinho”, comentou o prefeito.

Lagoa Grande: Grupo de Capoeira do CREAS realiza apresentação pelo Dia da Consciência Negra

Nesta terça(19), um dia que antecedeu o feriado em comemoração ao Dia da Consciência Negra no Brasil, em Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco, através da Coordenadoria do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município, a data foi comemorada.

Os alunos do Grupo de Capoeira de nome Lei Áurea, coordenado pelo professor Gean Borges, realizaram uma belíssima apresentação em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

O grupo tem alunos participantes que são da faixa etária de 6 a 15 anos, da rede municipal de ensino, onde alguns deles vivem em situação de  vulnerabilidade e são acolhidos pelo CREAS.

A apresentação foi realizada na Concha Acústica na Avenida da Uva e do Vinho.

Fotos: Gean Borges

 

 

20 de Novembro: Dia da Consciência Negra é feriado nacional pela primeira vez

Integrantes do Grupo Palmares duante congresso do movimento negro — Foto: Arquivo pessoal

O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, marca a morte de Zumbi dos Palmares, um dos símbolos nacionais pela resistência à escravidão e enfrentamento ao racismo. Em 2011, a data entrou no calendário oficial e passou a ser celebrada como o Dia da Consciência Negra, e já era considerada feriado em alguns estados e municípios. Mas foi somente em 2023 que o Congresso Nacional aprovou a lei que transformou o Dia da Consciência Negra em feriado nacional. Em 2024, a data será comemorada, pela primeira vez, em todo o país.

A data rememora a morte de Zumbi dos Palmareslíder do maior quilombo do Brasil no período colonialassassinado em 1695, e foi proposta por um grupo de estudiosos e ativistas gaúchos como alternativa à celebração da Abolição da Escravatura, em 13 de maio.

Há 13 anos, o 20 de novembro foi oficializado como Dia da Consciência Negra. No entanto, a data era reconhecida como feriado apenas em seis estados – Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo – e em aproximadamente 1,2 mil cidades.

O caminho para chegar até a instituição do feriado nacional foi longo. A transformação da data em feriado era uma pauta do movimento negro, foi discutida no Congresso, aprovada por lei e sancionada pelo governo federal em dezembro de 2023.

Essa luta faz parte da vida de Antônio Carlos Côrtes. Além de advogado, comunicador, escritor e integrante da Academia Rio-Grandense de Letras, Côrtes é um dos fundadores do Grupo Palmares. Formado por jovens estudantes negros do Rio Grande do Sul em 1971, o grupo mobilizava a luta antirracista e propôs o dia da morte de Zumbi dos Palmares como marco.

O grupo Palmares nasceu durante a ditadura cívico-militar no Brasil, período de 1964 a 1985 em que houve repressão e censura da oposição ao governo, principalmente de artistas, escritores e imprensa.

Como surgiu o 20 de novembro

 

Foi na Biblioteca Pública do Estado, em Porto Alegre, ao ler o livro O Quilombo dos Palmares, do historiador Edison Carneiro, que Côrtes procurava pela data de nascimento de Zumbi.

“Não descobri (o dia do nascimento), mas descobri a data da sua morte: 20 de novembro de 1695, na região onde hoje é Alagoas”, relembra.

Côrtes cresceu entre morros e periferias de Porto Alegre, enfrentando desafios que marcaram sua consciência política e cultural desde jovem. “Meu pai sempre nos dizia: ‘não esqueçam os documentos’. Para a polícia, todo jovem negro era suspeito. Isso me fez buscar conhecimento, frequentar bibliotecas e entender nossa história”, conta.

Junto de Côrtes, integravam o Grupo Palmares o poeta Oliveira Silveira, falecido em 2009 e laureado como doutor honoris pela UFRGS no último ano. Também participavam do Grupo Palmares Ilmo Silva, Vilmar Nunes, José Antônio dos Santos e Luiz Paulo Assis Santos.

“Nos reuníamos em casas ou na Esquina Democrática, em Porto Alegre. Ali debatíamos democracia e políticas públicas para a população negra, que já habitava 85% da periferia da cidade”, conta Côrtes.

Em um desses encontros, Côrtes mostrou o livro de Carneiro aos colegas. Então, o grupo propôs o 20 de novembro como alternativa ao 13 de maio, data em que a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, pôs fim à escravidão, mas sem prever políticas públicas que garantissem educação e trabalho aos recém-libertados.

O próximo passo dos jovens estudantes seria de divulgar a ideia desse movimento, mas tiveram dificuldades para encontrar apoiadores. Até que um jornalista de um jornal no Rio de Janeiro escreveu, em quatro linhas curtas de um jornal, a ideia dos ativistas sobre considerar o dia 20 como o da Consciência Negra.

“Foi como um rastro de pólvora para os negros brasileiros, especialmente de São Paulo, que em 1978 criaram o Movimento Negro Unificado (MNU) e abraçaram a ideia de começar a discutir e repercutir esse ‘não’ ao 13 de Maio da Prefeitura Isabel, a dita redentora, e sim ao 20 de novembro de Zumbi dos Palmares”, relembra Côrtes.

A luta hoje

 

Para o escritor, a decisão pelo feriado é uma conquista, mas de uma luta com uma grande dívida histórica.

“Eu sinto como uma vitória da semente plantada pelo Grupo Palmares lá em 1970. Mas não fico em zona de conforto. Eu vejo que é apenas uma sinalização para continuar a luta buscando reconhecimento de maiores espaços”, comenta.

Mesmo com avanços, como cotas raciais e políticas afirmativas, Côrtes lembra que ainda existe muita desigualdade na sociedade. Como exemplo, cita “que (os negros) são os primeiros a serem demitidos e os últimos a serem admitidos”.

Ele ainda aponta que a data é para todos, inclusive para aqueles que carregam preconceitos.

“Esse feriado vai abarcar, vai atingir também os racistas. Eles irão usufruir. Não é um feriado só para negros. Eles irão usufruir desse momento. E eu gostaria que eles pudessem refletir sobre o que significa a data. Onde eles escondem o racismo que está dentro deles?”, comenta.

O ativista espera que as pessoas pensem sobre o racismo, a segregação racial e o preconceito. Para iniciar essa reflexão, ele afirma: “o racismo é dizer que uma raça é superior à outra”.

“Não queremos um dia para descansar ou viajar. Queremos um dia de reflexão, debates e valorização da contribuição negra na construção do Brasil”, ressalta.

Segundo o escritor, o pressuposto básico para tratar o assunto é um: a educação. “A palavra está dizendo: educar a ação“, comenta.

Aprovação da lei

 

O presidente Lula sancionou, no dia 21 de dezembro de 2023, o projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado em todo o Brasil.

O feriado foi aprovado em lei pela Câmara e pelo Senado em novembro do último ano, após a bancada negra da Câmara apresentar um projeto.

Em 2011, o Congresso havia aprovado uma lei que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra a ser comemorado no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder Zumbi dos Palmares. Na ocasião, contudo, os parlamentares decidiram não tornar a data um feriado nacional.

G1