Lagoa Grande: Grupo de Capoeira do CREAS realiza apresentação pelo Dia da Consciência Negra

Nesta terça(19), um dia que antecedeu o feriado em comemoração ao Dia da Consciência Negra no Brasil, em Lagoa Grande no Sertão de Pernambuco, através da Coordenadoria do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município, a data foi comemorada.

Os alunos do Grupo de Capoeira de nome Lei Áurea, coordenado pelo professor Gean Borges, realizaram uma belíssima apresentação em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

O grupo tem alunos participantes que são da faixa etária de 6 a 15 anos, da rede municipal de ensino, onde alguns deles vivem em situação de  vulnerabilidade e são acolhidos pelo CREAS.

A apresentação foi realizada na Concha Acústica na Avenida da Uva e do Vinho.

Fotos: Gean Borges

 

 

20 de Novembro: Dia da Consciência Negra é feriado nacional pela primeira vez

Integrantes do Grupo Palmares duante congresso do movimento negro — Foto: Arquivo pessoal

O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, marca a morte de Zumbi dos Palmares, um dos símbolos nacionais pela resistência à escravidão e enfrentamento ao racismo. Em 2011, a data entrou no calendário oficial e passou a ser celebrada como o Dia da Consciência Negra, e já era considerada feriado em alguns estados e municípios. Mas foi somente em 2023 que o Congresso Nacional aprovou a lei que transformou o Dia da Consciência Negra em feriado nacional. Em 2024, a data será comemorada, pela primeira vez, em todo o país.

A data rememora a morte de Zumbi dos Palmareslíder do maior quilombo do Brasil no período colonialassassinado em 1695, e foi proposta por um grupo de estudiosos e ativistas gaúchos como alternativa à celebração da Abolição da Escravatura, em 13 de maio.

Há 13 anos, o 20 de novembro foi oficializado como Dia da Consciência Negra. No entanto, a data era reconhecida como feriado apenas em seis estados – Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo – e em aproximadamente 1,2 mil cidades.

O caminho para chegar até a instituição do feriado nacional foi longo. A transformação da data em feriado era uma pauta do movimento negro, foi discutida no Congresso, aprovada por lei e sancionada pelo governo federal em dezembro de 2023.

Essa luta faz parte da vida de Antônio Carlos Côrtes. Além de advogado, comunicador, escritor e integrante da Academia Rio-Grandense de Letras, Côrtes é um dos fundadores do Grupo Palmares. Formado por jovens estudantes negros do Rio Grande do Sul em 1971, o grupo mobilizava a luta antirracista e propôs o dia da morte de Zumbi dos Palmares como marco.

O grupo Palmares nasceu durante a ditadura cívico-militar no Brasil, período de 1964 a 1985 em que houve repressão e censura da oposição ao governo, principalmente de artistas, escritores e imprensa.

Como surgiu o 20 de novembro

 

Foi na Biblioteca Pública do Estado, em Porto Alegre, ao ler o livro O Quilombo dos Palmares, do historiador Edison Carneiro, que Côrtes procurava pela data de nascimento de Zumbi.

“Não descobri (o dia do nascimento), mas descobri a data da sua morte: 20 de novembro de 1695, na região onde hoje é Alagoas”, relembra.

Côrtes cresceu entre morros e periferias de Porto Alegre, enfrentando desafios que marcaram sua consciência política e cultural desde jovem. “Meu pai sempre nos dizia: ‘não esqueçam os documentos’. Para a polícia, todo jovem negro era suspeito. Isso me fez buscar conhecimento, frequentar bibliotecas e entender nossa história”, conta.

Junto de Côrtes, integravam o Grupo Palmares o poeta Oliveira Silveira, falecido em 2009 e laureado como doutor honoris pela UFRGS no último ano. Também participavam do Grupo Palmares Ilmo Silva, Vilmar Nunes, José Antônio dos Santos e Luiz Paulo Assis Santos.

“Nos reuníamos em casas ou na Esquina Democrática, em Porto Alegre. Ali debatíamos democracia e políticas públicas para a população negra, que já habitava 85% da periferia da cidade”, conta Côrtes.

Em um desses encontros, Côrtes mostrou o livro de Carneiro aos colegas. Então, o grupo propôs o 20 de novembro como alternativa ao 13 de maio, data em que a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, pôs fim à escravidão, mas sem prever políticas públicas que garantissem educação e trabalho aos recém-libertados.

O próximo passo dos jovens estudantes seria de divulgar a ideia desse movimento, mas tiveram dificuldades para encontrar apoiadores. Até que um jornalista de um jornal no Rio de Janeiro escreveu, em quatro linhas curtas de um jornal, a ideia dos ativistas sobre considerar o dia 20 como o da Consciência Negra.

“Foi como um rastro de pólvora para os negros brasileiros, especialmente de São Paulo, que em 1978 criaram o Movimento Negro Unificado (MNU) e abraçaram a ideia de começar a discutir e repercutir esse ‘não’ ao 13 de Maio da Prefeitura Isabel, a dita redentora, e sim ao 20 de novembro de Zumbi dos Palmares”, relembra Côrtes.

A luta hoje

 

Para o escritor, a decisão pelo feriado é uma conquista, mas de uma luta com uma grande dívida histórica.

“Eu sinto como uma vitória da semente plantada pelo Grupo Palmares lá em 1970. Mas não fico em zona de conforto. Eu vejo que é apenas uma sinalização para continuar a luta buscando reconhecimento de maiores espaços”, comenta.

Mesmo com avanços, como cotas raciais e políticas afirmativas, Côrtes lembra que ainda existe muita desigualdade na sociedade. Como exemplo, cita “que (os negros) são os primeiros a serem demitidos e os últimos a serem admitidos”.

Ele ainda aponta que a data é para todos, inclusive para aqueles que carregam preconceitos.

“Esse feriado vai abarcar, vai atingir também os racistas. Eles irão usufruir. Não é um feriado só para negros. Eles irão usufruir desse momento. E eu gostaria que eles pudessem refletir sobre o que significa a data. Onde eles escondem o racismo que está dentro deles?”, comenta.

O ativista espera que as pessoas pensem sobre o racismo, a segregação racial e o preconceito. Para iniciar essa reflexão, ele afirma: “o racismo é dizer que uma raça é superior à outra”.

“Não queremos um dia para descansar ou viajar. Queremos um dia de reflexão, debates e valorização da contribuição negra na construção do Brasil”, ressalta.

Segundo o escritor, o pressuposto básico para tratar o assunto é um: a educação. “A palavra está dizendo: educar a ação“, comenta.

Aprovação da lei

 

O presidente Lula sancionou, no dia 21 de dezembro de 2023, o projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado em todo o Brasil.

O feriado foi aprovado em lei pela Câmara e pelo Senado em novembro do último ano, após a bancada negra da Câmara apresentar um projeto.

Em 2011, o Congresso havia aprovado uma lei que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra a ser comemorado no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder Zumbi dos Palmares. Na ocasião, contudo, os parlamentares decidiram não tornar a data um feriado nacional.

G1

Lagoa Grande sedia evento de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025

O município de Lagoa Grande sediou o evento de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, do Território do Sertão do São Francisco.

O evento foi organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA) e aconteceu no Auditório da Enoteca Francesco Luigi Pérsico, em Vermelhos.

O ato recebeu representantes e dirigentes de movimentos sociais de várias cidades do Sertão. O Território do Sertão do São Francisco abrange os municípios de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista.

O Plano Safra, que é uma das políticas públicas do Governo Federal, visa fortalecer a agricultura familiar e promover o desenvolvimento sustentável, terá um valor de R$ 76 bilhões disponibilizados no programa.

O programa garante recursos financeiros e apoio técnico para agricultura familiar e fomenta a inclusão social, impulsionando o desenvolvimento econômico nas regiões rurais.

O ato solene contou com representantes da Prefeitura, da Câmara de Vereadores, STRs, MST, INCRA, IPA, IFSertãoPE, Banco do Nordeste, CMDRS, Ad-líder SSF e outras entidades sociais.

Joaquim da Rocinha, candidato a vereador, se destaca na 64ª Festa do Vaqueiro de Jutaí

O candidato a vereador Joaquim da Rocinha tem sido o centro das atenções na 64ª Festa do Vaqueiro de Jutaí, distrito de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco. Sua trajetória, intimamente ligada à agricultura e à caprinovinocultura, e sua participação ativa na tradicional festa, que celebra a cultura e a vida dos vaqueiros da região, o consolidam como um autêntico sertanejo.

A forte ligação de Joaquim com a comunidade e suas raízes rurais lhe renderam muitos elogios e aplausos dos presentes. Sua habilidade com o gado e seu conhecimento sobre as tradições locais o tornaram uma figura querida e respeitada por todos.
A Festa do Vaqueiro de Jutaí, que este ano celebrou sua 64ª edição, é um evento grandioso que reúne vaqueiros de diversas regiões, além de atrair um grande público. A programação inclui uma série de atividades típicas, como a tradicional cavalgada, a Missa dos Vaqueiros, a emocionante pega do boi no mato e shows musicais com artistas locais e nacionais.
A presença de Joaquim da Rocinha nesse importante evento demonstra seu compromisso com a cultura e o desenvolvimento da região. Sua participação ativa na festa reforça sua candidatura e o posiciona como um representante legítimo dos interesses da comunidade.

Para Joaquim da Rocinha, “a festa do vaqueiro desempenha um papel fundamental na preservação da história e da cultura sertaneja. Ele destaca a importância de resgatar a figura do vaqueiro, que, em meio ao sol escaldante e à vegetação espinhosa, percorria longas distâncias em busca de água para seus animais. A pele curtida, símbolo de resistência e identidade, é motivo de orgulho para esses homens que enfrentavam as adversidades do sertão.”

Com sua história de vida marcada pela tradição e pela paixão pelo sertão, Joaquim da Rocinha tem conquistado o coração dos eleitores e se destacado como um dos principais candidatos à Câmara Municipal de Lagoa Grande.
Blog Diário Popular

64ª edição da Festa dos Vaqueiros de Jutaí sucesso de público

O final de semana agitou o Distrito de Jutaí, interior de Lagoa Grande(PE), com a realização da 64ª edição da Festa dos Vaqueiros pela Prefeitura Municipal.

Na sexta-feira(30) a tarde teve início com o encontro dos Vaqueiros no Sítio Cacimba, onde também aconteceu o concurso da Rainha dos Vaqueiros e do vaqueiro mirim.

Em seguida os vaqueiros saíram em desfile passando pelas principais ruas do distrito e após se reunindo na praça da Igreja de Santa Bárbara para assistir a missa  onde reuniu uma multidão de fiéis e Vaqueiros de várias localidades circunvizinhas, a noite teve shows artístico no espaço de eventos que lotou para as atrações de Thiago Aquino, Mateus do Acordeon e Júnior o Play.

Esse ano um casal com motivos de felicidades de sobra, escolheram a missa do vaqueiro para selar matrimônio sob as bençãos do padre José Guimarães; o vaqueiro Bosco da Cacimba com sua noiva.

Já no sábado(31), aconteceu a tradicional pega de boi na caatinga durante todo o dia, no final da tarde entrega da premiação e, a noite shows com Romenildo e Banda, Nanara Belo e Toca do Vale, onde o público compareceu lotando novamente o espaço de eventos.