Gilmar Mendes vota para colocar Robinho em liberdade; placar está 4 a 1 para manter prisão

Ministro Gilmar Mendes pediu mais tempo para analisar o caso. — Foto: Andressa Anholete/SCO/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (15) para colocar em liberdade o ex-jogador de futebol Robinho.

Robinho está preso há oito meses em Tremembé, no interior de São Paulo. O ex-jogador cumpre a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo a que foi condenado na Justiça da Itália. O crime ocorreu em 2013, quando ele era um dos principais jogadores do Milan, na Itália.

Os ministros podem inserir seus votos no sistema eletrônico da Corte até o dia 26. Além de Gilmar, votaram os ministros Luiz FuxLuís Roberto BarrosoCristiano Zanin e Edson Fachin, mas para manter a prisão.

Em seu voto, Mendes defendeu a suspensão do processo de homologação de sentença estrangeira em andamento no Superior Tribunal de Justiça e da decisão que confirmou a execução da sentença, “com a consequente soltura [de Robinho], se por outro motivo não estiver preso”.

Em uma longa manifestação, Mendes divergiu do entendimento da Core Especial do STJ que determinou a transferência da pena de Robinho para o Brasil.

O ministro afirmou que a Lei de Migração, que é de 2017, não poderia ter retroagido e usada no caso de Robinho, uma vez que o crime ocorreu em 2013.

Os advogados defendem a inconstitucionalidade de trecho da Lei de Migração, que autoriza a execução, no Brasil, da pena imposta em condenação proferida por país estrangeiro ao nacional brasileiro.

O outro argumento da defesa

Robinho — Foto: Jornal Nacional/Reprodução

No outro habeas corpus, a defesa diz que o STJ não poderia ter determinado a prisão, porque essa análise caberia ao juiz da primeira instância que recebesse o caso.

Fux defendeu a legalidade da decisão do Superior Tribunal de Justiça que determinou a prisão.

Segundo o ministro, o STJ não violou “normas constitucionais, legais ou de tratados internacionais a caracterizar coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção do paciente [Robinho], tampouco violação das regras de competência jurisdicional”.

Para Fux, o STJ agiu no exercício de sua competência e deu cumprimento à Constituição e às leis e acordos firmados pelo Brasil.

“Com especial atenção ao fato de o paciente [Robinho] ter respondido ao processo devidamente assistido por advogado de sua confiança e ter sido condenado”, escreveu.

Rotina na prisão

Em Tremembé, o ex-jogador Robinho tem como rotina atividades que vão de leitura a partidas de futebol.

A penitenciária costuma ser usada para abrigar presos em casos de grande comoção social. As informações sobre a rotina são da Secretaria de Administração Penitenciária.

Por lei, os detentos têm direito de reduzir a punição caso se dedique aos estudos e trabalho na prisão.

“O custodiado [preso] faz parte da população carcerária sem qualquer distinção no tratamento, seja no cumprimento das regras internas ou no livre arbítrio na participação das atividades ofertadas a toda população carcerária. Tem como rotina a leitura, futebol e a realização de cursos”, diz a secretaria.

“Assim como a população prisional da SAP, o preso tem direito a banho de sol em determinado período do dia e recebe visitas, como previsto nas regras regimentais”, completa o órgão.

G1

Justiça Federal isenta de IR aposentados com doenças graves

A Lei nº 7.713, de 1988, é um dispositivo legal que oferece isenção fiscal para aposentados e pensionistas diagnosticados com doenças graves no Brasil. Este benefício aplica-se aos rendimentos provenientes de aposentadoria e previdência complementar, garantindo que pessoas acometidas por enfermidades sérias não sejam sobrecarregadas financeiramente. Mesmo que os sintomas não sejam aparentes atualmente, o direito à isenção permanece assegurado aos que se enquadram nos requisitos.

Dois casos recentes julgados no Distrito Federal exemplificam a aplicação desta lei. A Justiça Federal, após analisar as circunstâncias, concedeu isenção de Imposto de Renda em ações movidas por aposentados com condições graves de saúde. Além disso, foi determinada a devolução dos valores pagos de forma indevida nos anos recentes, corrigindo decisões tomadas pela Receita Federal anteriormente.

Como a Lei nº 7.713 Ampara Aposentados?

O artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, estabelece que os valores recebidos a título de aposentadoria por portadores de doenças graves são isentos de Imposto de Renda. Entre essas doenças, incluem-se neoplasias malignas (câncer) e outras condições debilitantes reconhecidas legalmente. Visto que a lei aplica-se também a resgates de previdência privada, aposentados têm amparo em ambas as frentes, desde que comprovem sua condição médica oficialmente.

Que Doenças São Consideradas para Isenção de IR

Além do câncer, outras enfermidades listadas na legislação e reconhecidas por decisões judiciais são consideradas para isenção. No caso de uma aposentada que teve o pedido de isenção negado pela Receita Federal, a Justiça Federal no Distrito Federal concedeu liminar favorável, reforçando que um laudo médico oficial comprovou sua condição de saúde como neoplasia maligna. O entendimento é de que a legislação deve ser aplicada de forma ampla e inclusiva aos benefícios fiscais.

Decisão Judicial: Cegueira e Alzheimer

Outro caso envolveu um aposentado acometido por cegueira monocular e Alzheimer. Após a negativa inicial da Receita Federal, a Justiça, por meio da juíza Magnolia Silva da Gama e Souza, determinou a isenção do Imposto de Renda sobre sua pensão e previdência privada. A decisão baseou-se no parecer do Superior Tribunal de Justiça, que entende que a cegueira, mesmo parcial, dá direito aos beneficiários à isenção fiscal. Esta sentença garantiu a devolução dos valores pagos desde 2019, proporcionando alívio financeiro ao espólio do autor.

Qual o Impacto das Decisões para Portadores de Doenças Graves?

Essas decisões judiciais trazem esperança e estabilidade para muitos aposentados que enfrentam desafios de saúde significativos. Elas reforçam a aplicação da Lei nº 7.713/88 e servem de precedentes para casos futuros. Ainda que os diagnósticos não sejam recentes, os direitos dos portadores de doenças graves são mantidos, promovendo justiça e dignidade aos cidadãos. A atuação de especialistas, como advogados tributaristas, destaca a importância de um suporte jurídico adequado para garantir o êxito de tais ações.

Nepotismo: MPPE recomenda exoneração da esposa do prefeito de Gravatá(PE)

Foto: Reprodução JC

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao prefeito reeleito de Gravatá (Agreste), Joselito Gomes da Silva (Padre Joselito), que exonere sua esposa, Viviane Facundes da Silva, do cargo de secretária de Obras e Serviços Públicos.

A decisão, anunciada pela 1ª Promotoria de Justiça de Gravatá, considera que a nomeação caracteriza prática de nepotismo, além da falta de qualificação técnica específica para a função, mesmo sendo um cargo de natureza política.

A recomendação inclui a orientação para que Viviane Facundes não seja designada para nenhum outro cargo público sem a qualificação técnica exigida. A prefeitura de Gravatá tem até dez dias para informar ao MPPE se cumprirá a recomendação. Caso não seja acatada, o MPPE poderá adotar medidas judiciais.

A decisão do MPPE surge após a Polícia Civil iniciar um inquérito para apurar uma denúncia de lesão corporal envolvendo a sogra do prefeito. O blogueiro Marivan Melo afirmou ter sido agredido após denunciar possíveis casos de nepotismo na gestão municipal.

Nas redes sociais, Sebastião Oliveira, presidente estadual do partido Avante, manifestou apoio a Viviane Facundes e ao prefeito Joselito, afirmando que ambos são alvo de “perseguição política” e classificando a denúncia como injúria. As informações são do JC.

”Rachadinha” em Ipojuca: presidente da Câmara de Vereadores é afastado após operação em 2 Estado

Foto: Rafael Vieira

Presidente do Legislativo Municipal de Ipojuca, no Grande Recife, o vereador Deoclécio Lira (REP) foi afastado da Câmara por suspeita de liderar um esquema de “rachadinhas”.

Ele é um dos alvos da Operação Fetta, deflagrada, nesta terça-feira (5), em Pernambuco e na Bahia.
Além dele, outros 13 comissionados do gabinete do parlamentar foram retirados de seus cargos.
Cumpridos pela Polícia Civil pernambucana, foram realizados, ao todo, 23 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Comarca de Ipojuca.
A operação cumpriu  mandados em endereços ligados a Deoclécio, em Ipojuca, no Cabo de Santo Agostinho, no Recife, em Jaboatão dos Guararapes, além de Juazeiro, na Bahia.
Operação
A operação foi realizada pela Diretoria Integrada Especializada (Diresp), sob a presidência do Delegado Breno Maia, Titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Deccor), unidade integrante do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Iniciada em janeiro de 2023, a investigação teve como alvos os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Segundo o delegado Paulo Furtado, da Dracco, a investigação começou após receberem a informação de que um vereador estaria envolvido em um esquema de rachadinha. A partir de então, ficou “devidamente demonstrado que ele contratava assessores e solicitava que eles passassem parte dos valores recebidos”.
O delegado explica que esses valores eram desviados para pessoas jurídicas, “visando a lavagem de dinheiro”. Na operação foram encontrados munições, dinheiro (de total não informado pela Polícia) e documentos, dispositivos informáticos e celulares. Tudo foi levado para a sede do Dracco, na capital Pernambucana.
Participaram 150 pessoas, incluindo  delegados, agentes e escrivães.
As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco, contando, ainda, com o apoio operacional do Comando de Operações e Recursos Especiais (Core).
O Crime
Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o crime de peculato é caracterizado pela apropriação efetuada por um funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo. Ou, desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
Para este crime, a pena prevista é de reclusão, de 2 a 12 anos, e multa, segundo os artigos 312 e 313 do Código Penal.
Já para o crime de lavagem de dinheiro, conforme a Lei nº 9.613 de 1998, é o ato de ocultar ou dissimular a origem ilícita de bens ou valores que sejam frutos de crimes. A pena é de reclusão de três a 10 anos, e multa.
Diario tenta contato com o vereador e com a Câmara de Ipojuca.

Polícia Civil investiga possível ESQUEMA DE RACHADINHA na CÂMARA DE VEREADORES DO IPOJUCA

Polícia Civil de Pernambuco está investigando um possível esquema de “rachadinha“, quando um trabalhador devolve parte de seu salário a seu superior, na Câmara de Vereadores do Ipojuca. Nesta terça-feira, 5 de novembro, a corporação cumpriu a 55ª Operação de Repressão Qualificada de 2024, batizada de “Fetta”.

A ação, liderada pela Diretoria Integrada Especializada (DIRESP) e coordenada pelo delegado Breno Maia, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª DECCOR), é parte de um esforço contínuo do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) para desmantelar esquemas de corrupção no estado.

Sobre a operação

Iniciada em janeiro de 2023, a investigação mirou uma organização criminosa especializada em crimes de peculato e lavagem de dinheiro, que desviava recursos e tentava ocultá-los em operações ilegais.

Ao todo, foram expedidos 23 mandados de busca e apreensão domiciliar, todos emitidos pela Vara Criminal de Ipojuca, região onde os crimes investigados teriam ocorrido. Os mandados sendo cumpridos em Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Recife, Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia).

Esses mandados foram cumpridos com o apoio de 150 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, com reforço do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil de Pernambuco. O papel da Diretoria de Inteligência (DINTEL) também foi essencial, provendo apoio técnico e logístico para que a operação fosse realizada com precisão e segurança.

O esquema investigado vinha sendo rastreado há quase dois anos. Desde o início da investigação, a Polícia Civil se dedicou a identificar os envolvidos e a rastrear o fluxo de dinheiro, que seria utilizado pela organização criminosa para lavagem de capital desviado.

A prática de peculato, pela qual funcionários públicos se aproveitam do cargo para apropriar-se de bens ou recursos, é o principal foco da investigação. Através da lavagem de dinheiro, o grupo buscava ocultar a origem ilícita dos valores obtidos por meio de fraudes, dificultando o rastreamento dos recursos pelos órgãos de controle.

Embora detalhes mais específicos ainda não tenham sido divulgados, a Polícia Civil informou que em breve fornecerá mais informações sobre os desdobramentos e resultados da Operação Fetta.

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