MPPE cumpre, em Pernambuco, mandados contra desvio de recursos públicos em cidade do RN

Operação mira esquema fraudulento envolvendo contratos com a Prefeitura de Touros (RN) – Foto: MPRN/Divulgação

Alvos em Garanhuns e Caruaru, no Agreste de Pernambuco, e Quipapá, na Mata Sul do Estado, são alvos de mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação 3º Batimento, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), nesta quarta-feira (16).

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e as Polícias Civil e Militar do Estado cumprem as ordens nas cidades pernambucanas.

A operação investiga irregularidades identificadas durante a execução de termos de colaboração entre a Prefeitura de Touros, no litoral nordeste do estado potiguar, e uma organização da sociedade civil que atuou em serviços de saúde entre março de 2021 e agosto de 2023 do município.

O nome da organização, no entanto, não é divulgado pelo MPPE.

Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão — além de Pernambuco, há cumprimento no Rio Grande do Norte, nas cidades de Touros, Natal e Parnamirim.

Segundo o MPRN, a investigação começou a partir de um inquérito civil que apontou superfaturamento de mais de R$ 700 mil nos valores contratados pela Prefeitura de Touros.

“O MPRN reuniu provas que indicam a fraude nos procedimentos de chamamento público que resultaram na parceria com a organização da sociedade civil. Os elementos colhidos na investigação, a exemplo de depoimentos, sugerem que empresários ligados à referida organização da sociedade civil elaboraram os documentos da licitação, direcionando a contratação”, explicou o MPRN.

Entre os crimes investigados, estão a apropriação de bens ou rendas públicas, desvio de recursos em proveito próprio ou alheio e enriquecimento ilícito.

Na apuração, o MPRN constatou indícios de direcionamento na contratação da organização da sociedade civil, superfaturamento nos repasses mensais e desvio de recursos para empresas terceirizadas e agentes públicos.

“O esquema de desvio de recursos envolveria a inclusão de despesas fictícias nos repasses mensais à organização da sociedade civil, sob o pretexto de subcontratação de serviços. As investigações apontam que empresas terceirizadas, sediadas em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, receberam pagamentos por serviços não realizados ou realizados apenas parcialmente”, acrescentou o Ministério Público potiguar.

Foram apreendidos equipamentos eletrônicos e dinheiro. O material será encaminhado para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN.

A sequência das investigações deverá identificar o envolvimento de outras pessoas e o cometimento de outros crimes, além de apontar a destinação final dos recursos desviados.

Folha de Pernambuco

Por decisão da justiça, Rosa de Erasmo retorna as suas funções de vereadora da Casa Zeferino Nunes na sessão desta quarta-feira(02)

 

Foto: ASCOM

Na sessão ordinária desta quarta(02), a vereadora Rosineide de Souza e Silva Medeiros, conhecida popularmente por Rosa de Erasmo(PSD), estará retornando as suas funções na Câmara de Vereadores de Lagoa Grande(PE).

A vereadora estava a dois meses afastada por ordem da justiça, onde foi alvo de investigação da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), que teve o apoio do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

No entanto, a justiça nesta segunda(30/09) concedeu a Rosa de Erasmo, o direito ao retorno a sua função como vereadora do legislativo Lagoagrandense, após notificada a Câmara da decisão do senhor Doutor juiz de direito, Frederico Ataíde Barbosa Damato, o presidente interino, José Estevão Barbosa, através de convocatória convocou a vereadora Rosa de Erasmo para retornar as suas funções na Casa Zeferino Nunes.

Candidata a reeleição, Rosa de Erasmo tem mantido sua agenda de campanha na sede e interior visitando a população.

Já o vereador e presidente da Casa Zeferino Nunes Josafá Pereira(MDB), que também foi afastado das suas funções na mesma operação, continua afastado das suas funções legislativas e também concorre ao pleito eleitoral para vereador.

A operação foi realizada no dia 26/07 na fase da 38ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada “Operação Escroque”, que tem o objetivo de combater crimes contra a administração pública municipal.

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco as investigações foram iniciadas em março de 2023 pela PCPE, com o apoio do MPPE, onde se apurava o desvio de valores referentes ao pagamento de diárias pela Câmara Municipal de Lagoa Grande.

Ainda no bojo da nova operação (“Escroque”), foi identificado desvio de dinheiro público por meio de contratos com locadoras e construtoras pela Câmara Municipal, as quais devolviam cerca de 25% do valor recebido para os investigados.

Deolane Bezerra deixa presídio em Pernambuco após Justiça conceder

Deolane Bezerra deixou o presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco, na tarde desta terça-feira (24). A influenciadora, empresária e advogada foi solta após decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que beneficiou 18 investigados, ao todo.

Alvo de uma operação contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, Deolane estava presa na Colônia Penal Feminina de Buíque, a cerca de 280 km da capital pernambucana, desde o último dia 10. A Justiça chegou a decretar prisão domiciliar para a influenciadora, com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, a decisão foi revogada apenas um dia após Deolane deixar a prisão no Recife, por descumprimento de medidas cautelares, e ela foi encaminhada para a prisão no interior.

O habeas corpus que soltou Deolane nesta terça-feira foi concedido pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso. Ele acatou um pedido feito pela defesa de Darwin Filho, também suspeito de participação no esquema, estendendo o relaxamento da prisão aos demais detidos.

Ao contrário do que foi determinado na decisão anterior, desta vez Deolane não precisará usar tornozeleira eletrônica.

Como condição para a liberdade provisória, a influenciadora e os demais investigados devem cumprir as seguintes regras:

  • não podem mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
  • não podem se ausentar da Comarca onde reside, sem prévia autorização judicial;
  • não podem praticar outra infração penal dolosa;
  • devem comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, para assinatura de Termo de Compromisso, para tomar ciência de todas as cautelares e informar endereço atualizado.

O magistrado também proibiu os investigados de frequentar qualquer empresa que esteja relacionada à investigação da Operação Integration ou participar de qualquer tipo de decisão sobre a atividade econômica de qualquer empresa que faça parte da investigação. Também estão proibidos de fazer publicidade ou citar qualquer plataforma de jogos.

O desembargador Guillod determinou que ficam mantidos os bloqueios de valores e sequestros de bens determinados a pedido da Polícia Civil, dentro da investigação policial da Operação Integration.

G1

Deputado do PT é acusado pelo Ministério Público de mandar matar jornalista

Foto: Reprodução

O deputado estadual Renato Machado, do PT do Rio de Janeiro, foi denunciado pelo Ministério Público como mandante do assassinato do jornalista Robson Giorgo. O crime aconteceu em 2019, em Maricá, no Rio de Janeiro, e de acordo com os promotores, a razão foi motivo torpe e vingança. O parlamentar nega a acusação.

Robson era dono do jornal “O Maricá” e foi assassinado com seis tiros na frente da esposa. À época, ele havia noticiado que o deputado mantinha uma relação extraconjugal com Vanessa da Matta Andrade, conhecida como Vanessa Alicate, que supostamente estaria grávida.

De acordo com o MP, além do deputado, Vanessa também foi denunciada, assim como outros dois homens, sendo um deles um PM.

O subtenente Davi de Souza Esteves e Rodrigo José Barbosa da Silva foram apontados como os executores.

Renato é pastor evangélico e antes de ser deputado ocupou diversos cargos na Prefeitura de Maricá. Em outros processo, ele responde por desvio e lavagem de dinheiro. (Metrópoles)

Justiça decreta prisão de Gusttavo Lima em caso sobre bets

(Reprodução/Instagram)

A Justiça de Pernambuco determinou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima no âmbito da Operação Integration. As informações foram divulgadas inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo.

A Justiça pernambucana também determinou o bloqueio de todos os imóveis registrados nos CPFs e CNPJs ligados ao cantor, além do bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras.

A decisão foi proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, do TJ-PE. A magistrada aceitou o pedido da Polícia Civil pernambucana, rejeitando os argumentos do Ministério Público, que solicitou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares.

Segundo a juíza, uma aeronave que transportou Gusttavo Lima na volta de uma viagem para a Grécia pode ter deixado no exterior dois investigados no caso, José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet e sua mulher, Aislla Rocha.

A juíza destacou que Nivaldo Batista Lima, nome verdadeiro de Gusttavo Lima, demonstra uma “alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas”.

Segundo a juíza, não existe, “no momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública”.

Os advogados de Gusttavo Lima classificaram a decisão que decretou sua prisão como “injusta” e “sem fundamentos”, em uma nota divulgada nesta segunda-feira (23) pela assessoria do cantor.

A defesa do cantor afirma ter recebido a notícia do pedido de prisão “por meio da mídia” e que “medidas cabíveis já estão sendo tomadas”.

A operação é a mesma em que a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa. Na ação, a Polícia Civil pernambucana investiga uma organização criminosa que praticava lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais.

No dia em que a operação foi deflagrada, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu um avião que pertencia à Balada Eventos e Produções, empresa de Gusttavo Lima.

O advogado da empresa afirmou que a aeronave, com o prefixo PR-TEN, havia sido vendida para a empresa J.M.J. Participações, de José André da Rocha Neto, dono da VaideBet, mas a ANAC informou que Gusttavo Lima ainda era o proprietário do avião.

“Demonstra-se aqui mais um ato de ocultação dos valores obtidos pela empresa dos jogos ilegais na lavagem de capitais, a adquirente paga milhões de reais pela aeronave, prova é que o casal viajou para os EUA nela, após sua aquisição, mas não a transferiu para seus nomes ou de empresas de sua propriedade”, diz o relatório assinado pelo delegado Paulo Gondim, da Polícia Civil de Pernambuco.

Mais tarde, o cantor declarou que não tinha “nada a ver” com a aeronave. “Esse avião foi vendido no ano passado. Honra e honestidade foram as únicas coisas que sempre tive na minha vida, e isso não se negocia”, escreveu Gusttavo Lima em suas redes sociais.

Os investigadores da Polícia Civil afirmam também que, por meio de outra bet, a Esportes da Sorte, o esquema teria usado a Balada Eventos e outras duas empresas para lavagem de dinheiro. O dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola, se entregaram à Polícia Civil de Pernambuco.

Infomoney